O ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello, de 75 anos, foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió (AL), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem de prisão foi expedida após o STF rejeitar os últimos recursos da defesa e determinar o início imediato do cumprimento da pena de 8 anos e 10 meses, imposta por corrupção e lavagem de dinheiro.
Collor foi detido por volta das 4h no aeroporto da capital alagoana, quando se preparava para embarcar para Brasília. Segundo informações da Polícia Federal, ele permanece custodiado na sede da PF em Maceió, enquanto o Supremo decide o local definitivo onde a pena será cumprida.
A condenação é resultado de um processo oriundo da Operação Lava Jato. O ex-presidente foi acusado de receber cerca de R$ 20 milhões em propinas por contratos envolvendo a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, entre os anos de 2010 e 2014.
Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que os recursos da defesa tinham caráter meramente protelatório e não justificavam a suspensão da execução da pena. Com isso, autorizou a prisão imediata do ex-mandatário.
Ainda nesta sexta-feira, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, agendou uma sessão virtual extraordinária, das 11h às 23h59, para que os demais ministros analisem a decisão de Moraes. Até que haja uma deliberação colegiada, a ordem de prisão segue mantida.
Fernando Collor é o terceiro ex-presidente brasileiro a ser preso desde a redemocratização. Em nota, seus advogados confirmaram a prisão e informaram que ele se encontra sob custódia da Polícia Federal em Maceió.
"O ex-presidente Fernando Collor de Mello encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. São estas as informações que temos até o momento", afirmou a defesa.
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