Mesmo com tantas campanhas, o câncer de colo de útero ainda é a principal causa de morte de mulheres na América Latina, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS. Ainda de acordo com o órgão, a doença mata mais de 35 mil mulheres nas américas por ano, por isso, recomenda-se a vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano), um dos principais fatores causadores desse tipo de câncer.
Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA, 70% dos cânceres cervicais são ocasionados por dois tipos do vírus HPV; o que reforça a associação entre o câncer do colo de útero e o HPV, que é uma infecção sexualmente transmissível (IST). "Por ser um vírus sexualmente transmissível, fatores relacionados à história sexual, como tornar-se sexualmente ativa muito cedo, ter múltiplos parceiros ou ter um parceiro de risco (alguém com infecção ativa pelo HPV ou que tenha múltiplas parceiras), aumentam esse risco", afirma a diretora clínica da Oncomédica, a oncologista Nilshelena Bezerra.
Quanto às formas de prevenção, a médica explica que é essencial limitar a exposição ao HPV, mas que o uso de preservativos não fornece imunidade completa. "O uso de anticoncepcionais orais por longo prazo também está relacionado a um maior risco de câncer de colo uterino. Já o DIU parece diminuir esse risco", reitera.
A melhor forma de prevenção é a vacina, que é fornecida gratuitamente pelo SUS para crianças de 9 a 14 anos, e que pode ser tomada na rede privada até os 45 anos de idade para mulheres e 26 anos, para homens.