Em uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira (28), o Conselho Municipal de Saúde de Teresina aprovou, de forma unânime, a solicitação de intervenção estadual como medida emergencial para lidar com as crescentes dificuldades enfrentadas na saúde pública da capital. Os conselheiros, ao discutirem a gravidade do cenário, deliberaram pela elaboração de um pedido formal à Procuradoria Geral de Justiça do Piauí, visando à intervenção estadual na Saúde de Teresina.
A crise agravou-se após repercussão de vídeos que mostram a remoção de equipamentos essenciais de ultrassonografia e radiografia do Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A empresa The Imagem, responsável pelos serviços fornecidos à Fundação Municipal de Saúde (FMS), retirou os aparelhos na quinta-feira (27) devido à falta de repasses por parte da Prefeitura de Teresina. Após negociações, os equipamentos foram reinstalados na noite do mesmo dia.
De acordo com Rodrigo Maxwell, presidente do Conselho, mais de 60 ofícios foram encaminhados à FMS, buscando a regularização de pagamentos e o fornecimento adequado de insumos, sem soluções efetivas. Diante desse quadro, a intervenção emerge como uma possível medida a ser adotada, possivelmente pelo Governo do Estado, por ordem judicial.
"Nós vamos estudar qual medida cabível tomar tendo em vista que todas as soluções que nós já tentamos do ano passado pra cá, mais de 60 ofícios foram encaminhados à Fundação Municipal de Saúde solicitando esclarecimentos, solicitando regularização de pagamentos, de fornecimento de insumos na saúde de Teresina e não foi resolvido", afirmou o presidente do Conselho em entrevista à TV Cidade Verde.