O Auxilio Brasil deve passar por uma série de mudanças em 2023. Além de voltar a ser chamado Bolsa Família, o maior programa de transferência de renda a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza do país deve implementar novas regras aos beneficiários.
Gerente de programas de transferências e benefícios socioassistenciais da Secretaria Estadual da Assistência Social (Sasc), Roberto Oliveira explicou nesta sexta-feira (18) durante entrevista ao Jornal do Piauí como serão implementadas essas mudanças.
Embora a lógica do programa continue a mesma, o gestor explica que uma das ideias em discussão é a complementação do valor que atualmente é pago aos beneficiários. Além de manter os R$ 600, a proposta é criar um adicional por cada criança na família.
"Vamos ter a possibilidade de termos R$ 150 a mais por cada criança que esteja na família, com idade de até seis anos. É um foco na primeira infância e também no público mais vulnerável que precisa de um apoio maior", disse o gestor.
De acordo com Roberto Oliveira, ainda é necessário aguardar os critérios de corte de renda que serão adotados pelo programa no próximo ano. Apesar disso, ressalta que quem já possui Cadastro Único (CadÚnico) e está dentro das atuais regras continuará apto.
“Quem estiver dentro do perfil de pobreza e extrema pobreza vai continuar recebendo. Claro que temos que observar as regras da transferência de renda que é a permanência do critério de renda per capita menor ou igual a R$ 210”, pontuou o coordenador.
Além da renda, o gerente da Sasc explicou que o programa voltará a exigir uma série de condicionalidades como a exigência de frequência escolar das crianças, por exemplo, como acontecia na época do antigo Bolsa Família.