O apresentador Ratinho foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) por sugerir “metralhar” a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN), durante programa na rádio Massa FM, em dezembro de 2021.
Na ação civil pública, o órgão pede R$ 2 milhões de indenização e a condenação de Ratinho e sua emissora por dano moral coletivo causado às mulheres que atuam ou pretendem atuar na política, além da veiculação de campanhas sobre os direitos das mulheres e combate à violência de gênero durante, no mínimo, 1 ano.
O apresentador ameaçou Natália Bonavides durante a transmissão do programa Turma do Ratinho, após receber a informação falsa de que a parlamentar teria sido a autora de um projeto de lei para retirar as palavras “pai” e “mãe” das certidões de nascimento.
Na verdade, a deputada propôs retirar referências ao gênero dos casais em certidões de casamento para evitar constrangimentos a pessoas da comunidade LGBTQIA+.
“Natália, você não tem o que fazer, não? Você não tem o que fazer, minha filha? Vá lavar roupa a caixa do teu marido, a cueca dele, porque isso é uma imbecilidade querer mudar esse tipo de coisa. Tinha que eliminar esses loucos… Não dá para pegar uma metralhadora, não?”, disse o apresentador ao divulgar a foto da congressista.
A ação do MPF contra Ratinho foi comemorada por Natália Bonavides no Twitter: “O ato violento que sofri não pode ficar impune e diz respeito a todas nós. Seguimos em luta pelos direitos das mulheres!”.