Uma professora de língua portuguesa foi demitida do Colégio Salvatoriano Imaculada Conceição, uma instituição de ensino católica em Santa Catarina, e o caso está gerando intensos debates nas redes sociais. A controvérsia teve início após um estudante gravar a professora em sala de aula, onde ela ensinava a linguagem neutra aos alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental.
No vídeo divulgado nas redes sociais, a educadora explicava o uso de termos como "todes" e argumentava sobre a importância de considerar a perspectiva de pessoas não binárias que se sentem ofendidas ao serem chamadas de "todos". Ela afirmou: "Se você fosse uma pessoa não binária, uma pessoa que é homossexual, e se sentisse ofendida com o ‘todos’, porque o ‘todos’ não abrange o seu tipo de gênero. Então você teria que engolir o ‘todos’. A gente tem que entender pela ótica de uma pessoa que não é heterossexual."
A denúncia foi feita pelo deputado estadual Jessé Lopes (PL-SC), que alegou que a escola e a professora estavam seguindo uma "agenda antinatural" ao ensinarem linguagem neutra. Ele argumentou que a inclusão já está implicitamente presente na língua, uma vez que o gênero masculino é utilizado como genérico.
Em resposta à repercussão do vídeo, a instituição de ensino decidiu desligar a professora, alegando que sua conduta havia quebrado as diretrizes profissionais estabelecidas pela escola e prejudicado a relação de confiança com os pais e a comunidade escolar.