O governo federal confirmou que não concederá reajustes salariais aos servidores no ano de 2024, citando dificuldades orçamentárias. A decisão foi comunicada pelo secretário do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Lopez Feijóo, durante a última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) de 2023.
Em contrapartida, foi apresentada uma proposta de readequação nos valores dos benefícios concedidos aos servidores públicos. O plano inclui o aumento do auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil, do auxílio-saúde de R$ 144 para R$ 215, e do auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90, representando um reajuste de 51,06% nos auxílios. Essas mudanças estão previstas para serem implementadas a partir de maio de 2024.
O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado, Rudinei Marques, e o presidente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, Sérgio Ronaldo, criticaram a proposta, alegando que mantém a política de congelamento salarial do governo Bolsonaro e exclui aposentados e pensionistas.
O governo não descarta a possibilidade de conceder o reajuste por medida provisória, como fez no ano anterior. As negociações foram marcadas por discordâncias, e as categorias do funcionalismo pediram que aposentados e pensionistas não fossem deixados de fora das propostas de reajuste.