O primeiro ano do terceiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve encerrar 2023 com um déficit aproximado de R$ 145 bilhões, correspondente a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Este valor desconsidera o pagamento de precatórios, que será coberto por crédito extra de mais de R$ 90 bilhões.
Apesar da exclusão do montante, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não conseguiu cumprir a promessa de entregar um déficit fiscal próximo a 1% do PIB, aproximadamente R$ 100 bilhões.
O ministro argumenta que a administração anterior, liderada por Jair Bolsonaro (PL), deixou as finanças desorganizadas, resultando na necessidade de compensar Estados e municípios em R$ 16,3 bilhões devido à perda de arrecadação do ICMS. Além disso, destaca o aumento no valor do Bolsa Família, medida que também seria implementada pelo governo anterior.
Haddad apontou a falta de recursos não apenas para o Bolsa Família, mas também para a Previdência Social, enfatizando que isso não era uma crítica ao governo anterior, mas sim um dado concreto da realidade.
As despesas governamentais aumentaram 5,7% acima da inflação, passando de R$ 1,578 trilhões em janeiro a outubro de 2022 para R$ 1,668 trilhões, resultando em um déficit de R$ 75,09 bilhões no período.