Uma revisão feita no Cadastro Único (CadÚnico), base de dados utilizada para o pagamento de benefícios sociais pelo governo federal, levou à exclusão de 1,7 milhão de famílias unipessoais – compostas por apenas uma pessoa – da lista de beneficiários do Bolsa Família no período de um ano.
Esse grupo é formado por pessoas que vinham recebendo o benefício de forma irregular ou integravam uma família maior, mas que constavam individualmente no cadastro – o que era visto pelo governo como uma distorção. O benefício mudou de nome durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para Auxílio Brasil, mas voltou a ser Bolsa Família sob a nova gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A quantidade de famílias unipessoais contempladas pelo programa disparou de 2,2 milhões, no fim de 2021, para 5,8 milhões, no fim de 2022. A instituição de um piso de R$ 600 para o Auxílio Brasil, independentemente do tamanho da família, impulsionou esse aumento.