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Clima e Tempo

O núcleo da Terra parou de girar mais rápido do que o próprio planeta no que isso pode afetar?

Publicada em 25/01/23 às 14:35h - 198 visualizações

por Meio Norte


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 (Foto: reprodução)
Dois cientistas descobriram que o núcleo da Terra parou de girar mais rápido do que o próprio planeta e isso pode afetar a forma como o nosso planeta 'funciona', podendo alterar a duração dos dias, o nível do mar e até a temperatura global. Os sismólogos da Universidade de Pequim, Yi Yang e Xiaodong Song, estudam o fenômeno desde 1995 e ficaram surpresos com o resultado do estudo. 

As conclusões da pesquisa foram citadas em um artigo científico publicado pela revista "Nature Geoscience". O artigo explica que o núcleo costumava girar mais rápido do que a Terra em si e, em algum momento das últimas décadas (possivelmente em 2009), teria passado a acompanhar o movimento natural do planeta.

A descoberta implicaria em mudanças nos campos gravitacionais e magnéticos da Terra e poderia ter consequências geofísicas mais amplas, como a alteração na duração de um dia completo em algumas frações de segundo.

Isso porque a duração de um dia está diretamente ligada ao movimento de rotação da Terra em torno do próprio eixo (que dura 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 0,9 décimo de segundo).

E, caso confirmada, a mudança na forma como o núcleo gira poderia estar impactando no movimento de rotação em si e, consequentemente, na duração de um dia.

Outras possíveis alterações seriam em relação ao nível do mar e à temperatura da Terra.

Dias mais curtos

Em entrevista ao jornal espanhol "El País", Song, um dos autores do estudo, explica: “Nos últimos anos, os dias estão ficando mais curtos e pode ser que haja relação com esta mudança [na forma como o núcleo gira]".

"A alteração na rotação também pode modificar o campo gravitacional como um todo e causar deformações na superfície, o que alteraria também o nível do mar e, por sua vez, a temperatura global do planeta", continua.

De qualquer forma, os potenciais impactos precisam de mais tempo para serem devidamente avaliados. “Só temos que esperar”, ponderou John Vidale, sismólogo da Universidade da Carolina do Sul, em entrevista à Nature.


De acordo com a publicação, os resultados da pesquisa podem ajudar ainda a desvendar alguns mistérios, como o papel que o núcleo interno desempenha na manutenção do campo magnético do planeta.


Com informações do g1




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