A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que irá manter a bandeira tarifária verde para o mês de junho. Com a medida, que contempla todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), não haverá acréscimo para além da energia gasta em cada residência ou estabelecimento.
O anúncio acontece em meio a melhoria dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, beneficiados com o período de chuvas. Segundo a Aneel, os níveis de armazenamento atingiram 87% em média no início do período seco -- maio a agosto --, o que aumenta as expectativas para o acionamento da bandeira verde até o fim do ano.
Lançado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, especialmente quando as condições não são favoráveis, como nos períodos de seca. As bandeiras de cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.
No caso da bandeira verde, as condições de geração são favoráveis e não têm custo adicional.
Na bandeira amarela, as condições são menos favoráveis e é cobrada uma taxa extra de R$ 2,989 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Já na bandeira vermelha 1, é cobrada uma taxa de R$ 6,50 a cada 100 kWh.
Em 2021, também foi criada a bandeira de escassez hídrica para cobrir custos de geração, transmissão e distribuição de energia durante o período de seca, quando é preciso acionar as termelétricas, que custam mais caro. Essa bandeira vigorou até o começo de abril do mesmo ano, cobrando taxa de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.