Os professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (28). A decisão foi tomada durante uma assembleia geral extraordinária realizada simultaneamente nos campi de Bom Jesus, Floriano e Picos, promovida pela Associação dos Docentes da UFPI (Adufpi). A assembleia contou com a participação de alunos, representantes de movimentos estudantis e sociais. A adesão ao movimento grevista ocorre após uma série de negociações malsucedidas com o governo federal e com atraso em relação a outros institutos e universidades federais do país.
As negociações envolvem, além do governo federal, três sindicatos: a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Proifes), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
Os dois últimos rejeitaram a proposta apresentada pelo governo federal, que oferecia um reajuste salarial de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, totalizando 12,5%, mas sem aumento em 2024. As entidades reivindicam um reajuste de 7,06% já em 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em 2026. Por outro lado, a Proifes aceitou os termos propostos pelo governo.
Na próxima segunda-feira (03), a Andes e o Sinasefe realizarão novas negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) para apresentar suas contrapropostas, protocoladas nesta segunda-feira, ao governo federal.
Diversos institutos e universidades federais do país aderiram à greve, que teve início em 15 de abril. Os servidores técnico-administrativos das universidades federais também estão em greve. A proposta de reajuste salarial para essa categoria é a mesma oferecida aos professores, mas ainda não houve uma decisão oficial dos trabalhadores.
Fonte: Portal R10