O próximo adversário sai do duelo entre LDU, do Equador, e Ñublense, do Chile que jogam nesse instante.
Como havia perdido o confronto de ida por 1 a 0, o São Paulo era obrigado a vencer por dois ou mais gols de diferença para avançar sem disputa de pênaltis.
Em campo, demorou para os comandados de Dorival Júnior se encontrarem, mas Calleri e Luciano fizeram a diferença, desencantaram e foram cruciais para a classificação.
Méritos também para Alisson, Wellington Rato e Rodrigo Nestor, que sustentaram o meio de campo e tiveram participação certeira.
O resultado traz alívio para o São Paulo em meio a uma semana decisiva que vai ditar o restante da temporada. Na próxima quarta, pela Copa do Brasil, decide com o Corinthians quem vai à final.
Apesar dos problemas reiterados de jogos anteriores no primeiro tempo, o São Paulo soube se aproveitar das fragilidades dos argentinos em falhas pontuais diante de um rival que perdeu boas chances com o placar zerado e não conseguiu se livrar da estratégia ultradefensiva.
O placar desfavorável fez o São Paulo se lançar ao ataque desde o apito inicial. Novamente, as construções das jogadas tricolores eram estruturadas em muitas trocas de passe, mas sem objetividade suficiente para inaugurar o marcador.
Já o San Lorenzo, postado em uma linha cinco jogadores na defesa, afastou os donos da casa de sua área e, no contragolpe, desenhou a primeira chance clara de gol do duelo.
Uma jogada individual e chute colocado de Barrios no travessão fizeram o São Paulo despertar. Alisson chamou a responsabilidade para si e passou a dar trabalho para o goleiro argentino. O clima em campo esquentou com divididas mais ríspidas e troca de empurrões. A arbitragem também foi alvo de descontentamento dos são-paulinos.
Os ânimos exaltados fizeram o jogo ficar enroscado. A criatividade, ao longo do primeiro tempo, foi um complicador para o São Paulo. As jogadas aéreas encontravam muitos empecilhos para vencer a zaga alta do time de Almagro, mas o time tricolor insistiu. E a teimosia trouxe resultado.
Aos 45 minutos, em cobrança de falta de Rato, Calleri escorou de costas, a bola encobriu o goleiro e morreu no fundo do gol.
A abertura do marcador trouxe alívio ao São Paulo, mas o encerramento da etapa inicial interrompeu um momento positivo da equipe de Dorival. O grande desafio passou a ser a manutenção da concentração para retornar do intervalo atento em busca do gol da classificação.
Na retomada do segundo tempo, foi notória a desaceleração no ritmo do São Paulo, que conseguiu controlar a ansiedade. A posse de bola, ainda alta, passou a se basear em passes mais cadenciados e estudados.
Com a igualdade no placar agregado, o São Paulo administrou a necessidade de ser cirúrgico para definir a classificação. O San Lorenzo parou de criar.
A cautela do São Paulo resultou em mais uma bola na rede. Nestor exibiu sua categoria e visão de jogo. O meia encarou a marcação argentina pela lateral direita da grande área e encontrou um passe cruzado certeiro para Luciano no lado oposto.
O camisa 10, cara a cara com o goleiro, não desperdiçou e fez o volume do canto são-paulino aumentar no Morumbi.
Com a vantagem, Dorival optou por proteger seu sistema defensivo Abriu mão de criação e ataque para fortalecer a linha de zaga. O San Lorenzo não deu trabalho para Rafael.
Única situação mais delicada foi vista quando o técnico Rubén Insúa invadiu o gramado e foi expulso. Além disso, nada mais. E o São Paulo conquistou a vaga na próxima fase, quando poderá contar com James Rodríguez e Lucas Moura.
O São Paulo tem seu próximo compromisso no Rio de Janeiro. No Maracanã, mede forças com o Flamengo, no encerramento do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. A bola rola às 18h30 de domingo.
Os jogos de ida das quartas de final da Sul-Americana estão agendados para acontecer entre 22 e 24 de agosto. A volta está programada para o intervalo entre 29 e 31 do mesmo mês.