O primeiro gol da partida saiu aos 25 minutos do segundo tempo, após o lateral esquerdo Marcelo ser derrubado dentro da área pelo atacante sul-africano Percy Tau. Na cobrança, o meia Jhon Arias bateu firme no canto direito, sem dar chance de defesa para o goleiro El-Shenawy.
Aos 44 minutos, o atacante John Kennedy recebeu na entrada da área e ampliou o placar, sacramentando a classificação do Fluminense para a final.
O jogo foi equilibrado e contou com chegadas de perigo ao gol de ambos os lados.
O time egípcio ameaçou o gol do Fluminense em especial por meio de jogadas de contra-ataque conduzidas pelo atacante El Shahat, contando com intervenções importantes do experiente arqueiro Fábio que impediram o gol do Al Ahly.
O Tricolor das Laranjeiras aguarda agora a definição do adversário na final. Na outra semifinal do torneio, na terça-feira (19), o campeão europeu, Manchester City, debuta no Mundial contra o Urawa Red Diamonds, do Japão.
O campeão asiático se credenciou para enfrentar o clube inglês ao derrotar na fase anterior o time mexicano do León.
A final da competição está prevista para a próxima sexta-feira (22), às 15h (horário de Brasília), com transmissão pela Globo, na TV aberta. Globoplay, ge, Cazé TV (YouTube) e Fifa+ (streaming) também transmitem a decisão.
Se o Manchester City confirmar o favoritismo contra o time japonês e passar para a final, os torcedores poderão acompanhar o aguardado duelo de estratégias entre Fernando Diniz, que também é o treinador interino da seleção brasileira, conhecido por valorizar o toque e a posse da bola, e o espanhol Guardiola, responsável por difundir há anos um estilo de jogo semelhante nos principais clubes da Europa e considerado um dos maiores treinadores de sua geração.
O técnico espanhol inclusive já demonstrou curiosidade a respeito do estilo de jogo do atual treinador da seleção brasileira.
"Gostaria de saber", respondeu Guardiola, ao ser questionado recentemente sobre a tática "aposicional" defendida por Diniz, segundo a qual os jogadores não precisam seguir uma posição fixa durante toda a partida, com liberdade para se movimentar pelo campo. "A próxima vez que nos vermos, talvez ele possa me contar [a respeito da tática aposicional]", acrescentou o ex-meia espanhol.
Diniz, ao participar de um programa no SporTV no ano passado, chegou a comentar sobre as comparações entre o estilo de jogo de seus times com o do treinador do City.
"Por conta de gostar de ter a bola, as pessoas me associam ao Guardiola. Mas a maneira dele ter a bola é o oposto da minha", afirmou o técnico do Fluminense. Diniz explicou que, nos times treinados pelo espanhol, os jogadores têm posições fixas bastante delimitadas dentro de campo, enquanto ele busca uma formação mais fluída.
A última vez que um time brasileiro chegou à final da competição foi na edição de 2021, quando o Palmeiras foi derrotado pelo Chelsea por 2 a 1. A última conquista foi em 2012, quando o Corinthians bateu o mesmo Chelsea por 1 a 0, com gol do peruano Paolo Guerrero.
São Paulo (2005, contra o Liverpool) e Internacional (2006, contra o Barcelona), também venceram o mundial da Fifa no formato atual.
Neste domingo (17), a entidade do futebol anunciou que, a partir de 2024, o mundial de clubes no modelo vigente passa a se chamar Copa Intercontinental, com um formato ampliado com 32 clubes estreando a partir de 2025.
Essa foi a segunda partida entre Fluminense e Al Ahly, que já se enfrentaram em 1961, em amistoso no Cairo que terminou com a vitória do time brasileiro por 2 a 1, com gols de Waldo e Telê Santana.
O time egípcio tem um histórico de confronto contra times brasileiros pelo Mundial. Em cinco partidas na competição em que enfrentou equipes do Brasil, perdeu quatro (Inter, em 2006; Corinthians, em 2012; Palmeiras, em 2021; e Flamengo, em 2022), e ganhou uma, em 2020, quando bateu o Palmeiras na disputa por pênaltis pela definição do terceiro lugar.
Os campeões africanos nunca chegaram à decisão, tendo como melhor resultado na competição o terceiro lugar em três ocasiões (2006, 2020 e 2021).
Times da África chegaram à final duas vezes: em 2013, o Raja Casablanca, do Marrocos, foi vice-campeão, ao ser derrotado pelo Bayern na decisão.
Na ocasião, os marroquinos eliminaram o Atlético-MG, na semifinal. Em 2010, o Mazembe chegou à final contra a Inter de Milão, após derrotar o Internacional.