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Grávida de 6 meses com morte cerebral é mantida viva para salvar bebê

Publicada em 22/01/25 às 10:22h - 16 visualizações

por TV Gallo


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 (Foto: TV Gallo)

Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, está sendo mantida viva por aparelhos após sofrer morte cerebral devido ao rompimento de um aneurisma. A jovem, que estava grávida de seis meses, foi diagnosticada com morte cerebral no dia 1º de janeiro, após ter uma dor de cabeça intensa no dia 20 de dezembro. Ela permanece internada na Santa Casa de Rondonópolis (MT), onde a equipe médica busca garantir o desenvolvimento do bebê até o sétimo mês de gestação, planejando o parto para o final deste mês.

O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, de Brasília, explicou que, em casos como o de Joyce, a manutenção da gestação visa salvar a vida do bebê, sendo uma excepcionalidade. Em situações normais, após o diagnóstico de morte cerebral, os aparelhos seriam desligados, mas, no caso de Joyce, a decisão é mantê-la viva para preservar a saúde do feto.

Desafios em gestação com morte cerebral

Casos como o de Joyce, em que gestantes com morte cerebral são mantidas vivas para garantir a sobrevivência do bebê, enfrentam diversos desafios. Segundo uma pesquisa publicada na revista Cureus em 2023, de 35 casos analisados, 27 bebês conseguiram chegar ao término da gestação, mas 8 não sobreviveram. Entre os que nasceram, 4 apresentaram complicações graves ou faleceram logo após o parto.

A manutenção da gestação de uma paciente com morte cerebral pode ser uma medida arriscada, pois 70% dessas gestantes desenvolvem infecções graves, como pneumonia e sepse. Além disso, 63% enfrentam problemas circulatórios, dificultando o processo. O tempo de gestação também é crucial para a sobrevivência do bebê: quando a morte cerebral ocorre após a 24ª semana, a taxa de sobrevida do feto é de 100%, mas ela diminui para 50% quando o diagnóstico é feito antes da 14ª semana.

A vida de joyce antes da tragédia

Joyce e seu marido, João Matheus Silva, de 23 anos, têm duas filhas, de 3 e 7 anos. A família se mudou para o Mato Grosso em 2023, e, apesar das dores de cabeça leves que Joyce sentia desde o início da gestação, nada indicava a presença do aneurisma. João, em um depoimento nas redes sociais, relatou que os sintomas de sua esposa foram leves e não sugeriram qualquer condição grave.

Agora, a família busca recursos por meio de doações para levar o corpo de Joyce de volta a sua cidade natal, Estreito, na fronteira do Maranhão com Tocantins, após o nascimento do bebê. Emocionado, João lamenta a situação, afirmando que o mais difícil é saber que seus filhos crescerão sem a mãe.

Fonte: Portal 180 Graus





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