O Ártico enfrenta uma crise sem precedentes, com temperaturas que superam em até 10°C a média histórica e o nível de gelo marinho atingindo recordes mínimos nos últimos meses. Cientistas alertam que a região está em um “novo regime”, onde eventos extremos se tornam cada vez mais frequentes, acelerando o aquecimento global e desencadeando impactos climáticos severos em todo o planeta.

A diminuição do gelo marinho reduz a capacidade da Terra de refletir a luz solar, intensificando o aquecimento dos oceanos e elevando o nível do mar. Além disso, o degelo do permafrost libera grandes quantidades de dióxido de carbono e metano na atmosfera, ampliando ainda mais o efeito estufa. Incêndios florestais também se tornam mais comuns na região, alterando profundamente o ecossistema e contribuindo para a liberação de carbono armazenado há milênios.

Estudos indicam que, mesmo se as emissões de gases de efeito estufa fossem interrompidas agora, o Ártico poderia ficar sem gelo durante o verão até 2050. Esse fenômeno terá repercussões globais, impactando diretamente o clima, a biodiversidade e milhões de pessoas ao redor do mundo.

A guerra na Ucrânia e cortes no financiamento de pesquisas nos Estados Unidos dificultam o monitoramento das mudanças no Ártico, prejudicando a obtenção de dados essenciais para entender a velocidade e a gravidade da crise climática. Especialistas reforçam a urgência de medidas para mitigar os impactos do aquecimento global e evitar consequências ainda mais catastróficas.

Fonte: Portal 180 Graus