Após ser adia por quatro vezes, acontece nesta quarta-feira (28) o julgamento do ex-soldado da PM do Maranhão, Francisco Ribeiro Santos Filho, acusado de o cabo Samuel Borges, de 30 anos, na frente do filho da vítima . O crime aconteceu em febre 2019, nas proximidades de uma escola na zona Leste de Teresina.
O julgamento será no Fórum Popular de juiz do Antônio do Reiêto, da 1ª Vara do Tribunal de Teresina.
O acusado Francisco Ribeiro aguardava o julgamento preso no Presídio Militar do Comando Geral da Polícia Militar do Estado do Maranhão, localizado em São Luís, a 435 km de Teresina.
O já foi adiado quatro vezes. Ele deveria ter ocorrido inicialmente2 em outubro de 201, mas foi adiado a pedido da defesa ex-policial. Depois foi designado para 30 de março, posteriormente para 31 de maio e depois para 23 de agosto.
Ó crime
O crime aconteceu no dia 1º de fevereiro de 2019, quando o cabo da Polícia Militar do Piauí, Samuel de Sousa Borges, de 30 anos, estava indo deixar o filho em uma escola, quando se deparou com Francisco Ribeiro que estava em uma motocicleta sem placa e com duas armas.
(foto arquivo pessoal)
Segundo investigação realizada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Samuel decidiu seguir o suspeito, e fez três abordagens. Em uma delas chegou a questionar se Francisco Ribeiro era policial, mas o homem afirmou que “não devia satisfação a Samuel”. Todas as abordagens foram filmadas pelo policial.
No cruzamento das ruas Cândido Ferraz com Verbenas, bairro Jóquei Clube, zona Leste, os dois homens tiveram uma discussão. Samuel chegou a pegar o celular e filmou toda a situação. Francisco então fez três disparos contra o policial, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O filho da vítima foi socorrido por funcionários de uma escola próximo ao local da ocorrência.
"Ele filmou tudo, narrou tudo.... disse que estava fazendo a abordagem porque viu um cara em uma moto grande, sem placa e com o volume nas costas. Ele estava de folga, mas agiu como diz a lei, pois viu um sujeito que poderia ser um criminoso. O Samuel era um policial vocacionado, foi profissional até na morte. A filmagem mostra que Samuel não fez menção nenhuma de sacar a arma", disse o delegado Francisco Barêtta na ocasião das investigações.
Logo após o crime, Francisco Ribeiro foi preso e identificado como um soldado lotado no 11º Batalhão da PM de Timon, no Maranhão.
Durante as investigações, a polícia descobriu que da arma do policial maranhense também partiram os tiros que mataram outras três pessoas. Um caso é de dezembro de 2018, onde ocorreu um duplo homicídio nas proximidades do parque Zoobotânico, e em agosto de 2018 outra pessoa foi assassinada na praça do bairro Pedra Mole, também na zona Leste. Nos dois crimes, os tiros partiram da arma de Francisco Ribeiro dos Santos, que responde a três processos por homicídio na Justiça do Piauí.
Em maio de 2021, Francisco Ribeiro foi expulso dos quadros da Polícia Militar do Maranhão.