A justiça concedeu liberdade provisória a um dos acusados de matar João Rodrigues Neto Dias, marido da secretária Municipal de Ação Social de São Raimundo Nonato, Valdenia Costa. A decisão é do dia 07 de março e foi proferida pelo juiz Carlos Alberto Bezerra Chagas, da 1ª Vara da Comarca de São Raimundo Nonato.
Na decisão o juiz afirma que Juliermes Braga Paz Landim, apontado como executor do crime, "merece deferimento, uma vez que o réu reúne, nesse momento processual, os requisitos para gozar da liberdade provisória, uma vez que, além de se encontrar preso há mais de 160 dias, não possui antecedentes criminais, tem residência fixa e profissão definida”.
Desta forma, o magistrado aplicou as medidas cautelares seguintes: proibição de ausência da comarca onde reside, por mais de 30 dias, sem prévia autorização judicial; proibição de mudança de endereço sem prévia autorização judicial; proibição de contato com os demais réus e testemunhas; e obrigação de comparecimento aos atos processuais sempre que regularmente intimado.
Relembre
João Rodrigues Neto Dias, marido da secretária Municipal de Ação Social, Valdenia Costa, foi morto a tiros na frente das filhas no dia 13 de setembro. A vítima estava em uma moto com as meninas, menores de idade, quando um suspeito se aproximou e efetuou os disparos.
Segundo a policia, o crime foi motivado por vingança. João Rodrigues se envolveu em um acidente de trânsito no dia 02 de junho de 2022, onde o pai de Paulo Ferreira e Patrícia Ferreira morreu.
Apesar de ter sido comprovado através de perícia que João Rodrigues não teve culpa na morte, mesmo assim, passou a receber ameaças de familiares da vítima, inconformados com a morte.
"De lá para cá havia muito inconformismo por parte dos familiares e desde então havia essa responsabilização de quem eles achavam culpado. Concluímos no inquérito, como tinham dois gados na pista, lastreados, ancorados e provas como perícia técnica, por não indiciar o João Rodrigues Dias Neto, que foi vítima desse homicídio", explicou o delegado Marcelo.
Seis pessoas foram indiciadas por homicídio qualificado e presos preventivamente: os irmãos Paulo Ferreira e Patrícia Ferreira, suspeitos de serem os mandantes do crime; Juniel Assis, apontado como o executor; Juliermes, amigo de Paulo, que teria guardado a arma de fogo usada no crime e presenciado todo o planejamento do assassinato; Mauro de Almeida, marido de Priscila, teria participado do pagamento; Ronigleison, responsável por acompanhar a rotina da vítima.