Mãe de Agnes Carvalho de Moura, criança de cinco anos que morreu vítima de um suposto envenenamento, Francisca Maria de Carvalho nega ser a responsável pela morte da filha, apesar de ser apontada como a principal suspeita pela investigação.
"Só tinha eu e as crianças na casa, então sou a principal suspeita. Eu não ia fazer isso com a minha filha. Quem me conhece sabe. Não sou a melhor mãe do mundo, não sou perfeita, mas eu dou a vida por meus filhos", afirmou a mãe em entrevista à TV Cidade Verde Picos.
Francisca Maria e Agnes Carvalho deram entrada no Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, no último dia 03 de julho, com sinais de envenenamento. A criança não resistiu e acabou morrendo dois dias depois, enquanto a mãe passou 15 dias entubada na UTI.
“Assim que cheguei no hospital dei uma parada cardíaca e lembro vagamente de poucas coisas. Pedi para o médico atender primeiro a Agnes, porque ela estava mais ruim do que eu. Pensei que ela ia ser atendida e a gente ia embora”, relatou a mãe da criança.
Francisca Maria recebeu alta na última terça-feira (18), quando foi comunicada sobre o falecimento da filha. Ainda muito abalada, a mãe reforça ser inocente. Sem revelar nomes, afirmou ter a suspeita de quem possa ser o responsável pelo suposto envenenamento.
“Ainda não tive coragem de entrar no quarto que a gente dormia. Já entrei no quarto dela, onde está a tarefa da semana. Não está sendo fácil. Quero que os culpados sejam achados. Com cinco dias veio uma pessoa aqui e apareceu uma chave em cima da geladeira. Essa pessoa tinha acesso a chave da casa”, revelou Francisca Maria.
A polícia realizou a perícia na residência da família e coletou uma substância líquida para análise. Uma pessoa que estava no hospital no momento em que mãe e criança deram entrada foi ouvida e relatou que a genitora informou que ambas consumiram um peixe no jantar. Agnes foi encontrada no banheiro, caída no chão e com líquido escorrendo pelo nariz.
A Polícia Civil também aguarda o resultado do exame necroscópico no corpo da criança, que foi realizado pelo Instituto de Medicina Legal (IML).