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Justiça

Caso Marielle Franco: cinco suspeitos de envolvimento no crime foram assassinados

Publicada em 29/07/23 às 09:27h - 77 visualizações

por Cidade Verde


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 (Foto: Arquivo/Guilherme Cunha/Alerj)

Desde a execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes - em 2018 - um dado chama a atenção dos investigadores: pelo menos cinco pessoas suspeitas de envolvimento no crime foram assassinadas. Nesta sexta-feira (28.jul), o diretor-geral da Polícia Federal esteve no Rio de Janeiro para um encontro com os agentes da PF que atuam no estado.

Lucas do Prado Nascimento da Silva foi morto em 2018 e era suspeito de participar da clonagem do carro usado no crime. O ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da PM do Rio, Adriano da Nóbrega, estava foragido na Bahia quando morreu, durante uma ação da polícia, em 2020. Ele era apontado como o chefe do chamado "escritório do crime" -- um grupo de matadores de aluguel ligado a milícias.

No ano seguinte, Luiz Carlos Felipe Martins, considerado braço direito de Adriano, também foi assassinado. No mesmo ano, o sargento reformado da PM, Edmilson da Silva Oliveira, o Macalé, foi executado a tiros. Ele teria intermediado o contato entre o policial reformado Ronnie Lessa -- acusado de atirar em Marielle e Anderson -- e os mandantes do crime. Outro investigado era Hélio de Paulo Ferreira, o senhor das armas, assassinado neste ano, em uma área disputada por milicianos e traficantes.

A PF descreve os assassinatos como "um severo golpe à investigação", já que os acusados poderiam fornecer informações, como aconteceu com o ex-policial militar Élcio de Queiroz, que fez um acordo de delação premiada.

A Polícia Federal ainda quer esclarecer qual é o envolvimento de Jomar Duarte Bittencourt Júnior, o Jomarzinho, alvo de buscas no início da semana. Ele é investigado por vazar - um dia antes - informações sobre a operação que prendeu Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa, em 2019. Jomarzinho é filho de uma advogada e de um delegado aposentado da Polícia Federal. 

Em uma troca de mensagens, Jomarzinho avisa o policial militar Maurício da Conceição dos Santos Júnior, o Mauricinho: "recebi um informe agora. Vai ter operação Marielle amanhã". O PM responde que vai chamar alguém. Essa pessoa, segundo a investigação, é Maxwell, que é questionado por Maurício: "já falou?", e recebe como resposta: "já. Doido pra isso acabar logo". De acordo com a PF, Maxwell entrou em contato com Ronnie Lessa.

Os investigadores também apuram uma segunda saída de Ronnie Lessa na noite do crime, após ter ido a um bar. Em um novo depoimento, Elaine Lessa, esposa dele, afirmou que o marido só voltou pra casa ao amanhecer. Elaine também disse que -- ao informar Ronnie que ele tinha sido intimado pela Polícia Civil, o marido pediu imediatamente para ir à portaria pegar o registro de entrada do condomínio, após o crime. A hipótese é que Ronnie Lessa já soubesse que se tratava das investigações do caso Marielle.

 




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