Os corpos das três crianças que morreram carbonizadas em um incêndio na casa da avó na zona rural do município de São José do Divino nesta segunda-feira (22) permanecem no Instituto de Medicina Legal (IML) e a previsão, segundo o instituto, é que a liberação só aconteça entre 15 e 20 dias.
De acordo com a gerente do IML, Manuela Fontenele, a coleta de material para análise genética já foi realizada, no entanto, os legistas que estão investigando o caso preferiram aguardar para fazer a liberação dos corpos depois de um tempo por conta do estado que os corpos chegaram.
"O médico legista e a Odontolegista optaram por liberar os corpos apenas após o resultado do exame de DNA, que poderá ser liberado em no mínimo 15 a 20 dias. Resolveram dessa forma devido ao estado de carbonização que pode prejudicar a viabilidade da primeira amostra, podendo ser necessário coletar outra amostra", explicou.
As investigações buscam apontar mais detalhes de como se deu a morte das três crianças. Os pequenos Maria Nycolle da Silva Coelho, Antonia Bianca da Silva Coelho e o primo delas, Antônio Gael da Silva Araújo estavam a passeio na casa da avó, localizada no assentamento Carolina, na zona rural de São José do Divino. Segundo familiares, a avó estava capinando o terreno e as crianças estavam em um quarto quando ocorreu a tragédia.
"A avó delas, das crianças, estava capinando o cercado, quando deu por conta das chamas já por cima, um sobrinho meu correu que mora pertinho, mas não teve mais jeito, já estava as crianças tudo queimadas. Infelizmente aconteceu essa tragédia", disse José Lima, avô de Gael, em entrevista à Rádio Cidade Verde de Pedro II na segunda.
A família esteve nesta terça (23) na sede do IML em Teresina, mas, muito abalada com a tragédia, não quis falar com a imprensa. Com a decisão do IML, ainda não há previsão para velório e sepultamento das três crianças.