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Ex-BBB Felipe Prior é condenado a seis anos por estupro

Publicada em 10/07/23 às 14:58h - 97 visualizações

por R10


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 (Foto: Reprodução)

O arquiteto, empresário e ex-BBB Felipe Prior foi condenado em primeira instância pela 7ª Vara Criminal de São Paulo no último sábado (8) por um estupro cometido por ele em 2014, e denunciado em 2020 com exclusividade para Marie Claire. A decisão, assinada pela juíza Eliana Cassales Tosi Bastos, é de que ele cumpra seis anos de prisão em regime semiaberto. Prior pode recorrer em liberdade. O caso corre em segredo de justiça.

Em 2020, Marie Claire publicou os relatos de duas vítimas que disseram ter sido estupradas por Prior, incluindo o da autora da denúncia, identificada como Themis, então aluna da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A reportagem ouviu ainda outra vítima que diz ter sofrido uma tentativa de estupro. Themis e as outras duas vítimas prestaram depoimento, e a notícia crime foi protocolada no Departamento de Inquéritos do Fórum Central Criminal de São Paulo em 17 de março de 2020. Dias após a publicação da primeira reportagem, uma quarta vítima também afirmou ter sido estuprada pelo ex-BBB.

Segundo a decisão da Justiça de São Paulo, o empresário usou de força física para realizar violência. Ele movimentou a vítima de forma agressiva. Prior segurou Themis pelos braços e cintura e puxou os cabelos dela, que pediu para que ele parasse. Ela afirmou que "não queria manter relações sexuais", mas ele continuou o ato.

Ainda de acordo com o parecer da juíza, não há dúvidas de que o crime aconteceu. Isso porque o prontuário médico de Themis indica que houve laceração em seu órgão genital. Também foram encontradas evidências em prints de mensagens entre os dois, depoimentos da vítima, de testemunhas de defesa e acusação e do próprio Prior.

A informação foi confirmada pela advogada da vítima, Maira Pinheiro, que conta ainda que Themis e as advogadas foram "muito atacadas durante todo o processo" e submetidas a "uma defesa que lançou mão dos clichês mais misóginos". "Usaram fotos da vítima de biquíni para dizer que ela não teve depressão e crises de pânico, colocaram um amigo do agressor como testemunha para difamá-la e e retratá-la como promíscua como forma de descredibilizá-la. A versão mentirosa do agressor e pornográfica, e felizmente não prevaleceu", afirma Pinheiro.

"Ficamos muito aliviadas com essa vitória e com o reconhecimento, por parte da juíza, da materialidade do crime de estupro", acrescenta. A expectativa da advogada é que Prior ainda seja condenado em outros três processos. Se isso acontecer, as penas somadas devem ultrapassar o período de 24 anos.

 




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