No dia 1º de junho de 2023, a cidade de Massapê, localizada no Piauí, viveu momentos de profunda comoção e emoção durante o cortejo fúnebre da pequena Giovanna Costa e Sousa, uma criança de apenas dois anos de idade. Giovanna era filha de Érica da Costa e Joab Costa e lutava contra uma doença rara chamada Distúrbio Congênito de Glicosilação Tipo IIe, que afetava sua saúde desde o nascimento.
A criança e sua família são naturais de Massapê, e o velório foi realizado na residência dos avós, localizada na Avenida Pedro Marins, onde amigos, familiares e membros da comunidade se reuniram para prestar suas últimas homenagens. O clima era de tristeza e saudade, mas também de gratidão por terem conhecido uma criança tão especial.
Após o velório, uma comovente missa foi realizada na igreja de São João Batista, no centro da cidade. A presença de pessoas de diversas áreas da sociedade, incluindo autoridades locais, profissionais da saúde e educadores, demonstrou o impacto que Giovanna teve na cidade. Alunos de escolas da cidade também estavam presentes, evidenciando o quanto a pequena Giovanna era querida e admirada por todos.
Durante a missa e o cortejo, a emoção era notável. Os presentes se uniram em um sentimento de solidariedade e apoio à família, compartilhando a tristeza pela partida precoce de uma criança tão especial. A história de luta e superação de Giovanna, apesar de todas as adversidades impostas pela doença, inspirou a todos a não desistirem diante das dificuldades e a valorizarem cada momento da vida.
Enquanto Giovanna estava internada, muitas pessoas de Massapê e de outras cidades uniram-se em orações pela sua recuperação. A solidariedade e o apoio manifestados nesse período foram uma prova do amor e carinho que todos tinham por ela e sua família.
Um dos momentos mais emocionantes da missa foi quando uma poesia escrita pelo professor Junior Coutinho foi lida, intitulada "A flor que virou estrela". A poesia faz uma analogia entre as flores e a vida de Giovanna, ressaltando que mesmo após a partida física, seu legado de amor e alegria permanecerá vivo nos corações de todos.
“A FLOR QUE VIROU ESTRELA”
Além de embelezar os ambientes, as flores são fundamentais para a manutenção da vida em nosso planeta, pois são responsáveis pela reprodução da maioria das plantas. Mesmo quando “morrem”, as flores nos deixam o pólen e as sementes que dão origem a outras plantas, garantindo a sobrevivência das espécies. Nesse sentido, como diz a letra da música dos Titãs: as flores não morrem, nem mesmo as flores de plástico.
Hoje vou falar de uma flor especial, que foi para o Céu, mas nos deixou “pólens” (entendam como fontes de alimento para o corpo e para a alma) e muitas sementes de amor.
Há 2 anos e 9 meses nasceu em Massapê do Piauí uma flor, que além de embelezar a sua casa, a sua família, embelezou toda uma cidade. Mas, sua missão aqui na Terra não era somente tornar os ambientes mais bonitos e alegres, ela tinha outras missões mais nobres a cumprir. São muitos (muitos mesmo) os ensinamentos e lições que a Pequena Gi - a florzinha da Érica, do Joab, do Bernardo e de toda nossa cidade – nos deixou, das quais, para não me alongar muito, destaco duas:
1 - A Pequena Gi nasceu como uma síndrome rara, a CDG. Tinha tudo para ser uma criança fraca, mas se tornou forte, corajosa, destemida, lutadora, ... Lutadora, essa palavra define bem a Pequena Gi. Portanto, a primeira lição é que não podemos deixar que nossas fraquezas, limitações e os obstáculos da vida vençam o nosso desejo de lutar por aquilo que queremos e acreditamos.
2 – Apesar de todas suas limitações, a Pequena Gi estava sempre com um sorrisão no rosto, aquele sorriso que foi uma das suas marcas principais. Segunda lição: ela nos mostrou que jamais devemos perder nossa alegria. Uma boa risada ajuda a aliviar nossas tensões, tristezas e preocupações. Um sorriso transmite alegria, paz, confiança, proximidade, amor e felicidade. Que nunca deixemos de sorrir!
Agora, tal qual o poder da metamorfose de uma lagarta que se transforma em uma linda borboleta, a Pequena Gi se transformou numa estrela que, assim como uma flor, embeleza os ambientes e são fundamentais são para manutenção da vida na Terra devido à luz, ao calor e a energia que emitem. Ou seja, pessoas como a Pequena Gi são fundamentais na vida e na morte.
A Pequena Gi, a florzinha, morreu fisicamente, mas sempre estará viva nos corações de todos aqueles que a conheceram pessoalmente ou que conheceram sua linda história. Seus pólens e suas sementes estão espalhadas, que saibamos aproveitá-las da melhor maneira possível, assim como o brilho da estrela que ela se tornou.
Aos queridos amigos Joab e Érica, desejo que Deus possa consolar seus corações nesse momento tão difícil. Vocês perderam uma FLOR, mas ganharam uma ESTRELA que iluminará suas vidas para sempre.
Confira alguns registros fotográficos:
