Os médicos da rede municipal de Teresina realizam, nesta segunda-feira (22), uma paralisação de advertência nos serviços eletivos. Em entrevista ao Notícia da Manhã, o diretor do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), Renato Leal, destacou que a principal reivindicação da categoria é um concurso público, reajuste salarial e melhorias nas instalações das unidades de saúde.
“É uma paralisação decidida pela categoria médica em relação ao cumprimento das promessas do prefeito. Ele, na época de campanha, prometeu a implantação do piso FENAM, concurso público e melhorias nas instalações das unidades de saúde. Até agora, nada foi feito. Entendemos que no início, o primeiro ano de seu governo foi pandêmico, no segundo ano ainda houve reflexo da pandemia. No terceiro ano, sentamos, foi ano passado, e ele elaborou até um acordo que foi encaminhado para o sindicato e aprovado pela categoria. No entanto, logo depois, enviou outro documento dizendo que não poderia ser cumprido”, pontuou.
Renato Leal acrescentou ainda que o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, teria feito uma alteração na carreira médica que não foi aceita pela categoria.
“Ele prometeu lançar o edital do concurso em outubro e não o fez. Sabemos que este ano é um ano eleitoral e há um tempo muito curto para isso. O que mais nos incomodou foi que ele encaminhou um projeto de lei complementar para a câmara e, nesse projeto, ainda alterou a carreira médica. Descobrimos que foi feito outro projeto de lei alterando, que seria votado com urgência. Ele se comprometeu a enviar, mas não enviou essa alteração e agora é um imbróglio”, destacou.
O diretor esclareceu ainda que na sexta-feira (19) houve uma reunião da categoria com a prefeitura, e foi negociado um acordo que deve ser votado em assembleia na quarta-feira (24). Nessa próxima assembleia, a categoria decidirá se realiza outra paralisação, greve ou encerra o movimento.
“Na sexta-feira (19), ele nos chamou para negociar. Foi negociado, mas ele ainda enviará um acordo para ser apreciado na assembleia nesta quarta-feira. No entanto, essa paralisação já havia sido determinada e, além disso, até agora não recebemos o documento. Esperamos que ele o envie, e na quarta-feira, a categoria se reunirá para decidir se aceita e como será o movimento”, finalizou.