F. da S. A., de 29 anos, faleceu no domingo (09/02), após 18 dias internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O detento estava preso na Cadeia Pública de Altos desde maio de 2024, acusado de roubo. Sua esposa, A. G., denunciou nas redes sociais que houve negligência médica por parte do sistema penitenciário, alegando que F. da S. A. não recebeu a devida assistência enquanto estava preso.
De acordo com A. G., F. da S. A. apresentou sintomas graves de uma doença desde setembro de 2024, mas não recebeu tratamento adequado até sofrer uma crise convulsiva em 23/01/2025. O diagnóstico inicial indicava a possibilidade de neurossífilis, mas esse diagnóstico ainda não foi confirmado.
A. G. também relatou que, durante as visitas à cadeia, notou o agravamento da saúde do companheiro, que estava visivelmente debilitado e emagrecido. Ela solicitou exames e atendimento médico para o detento, mas F. da S. A. só foi transferido para o hospital após a crise convulsiva.
O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) apontou que F. da S. A. faleceu em decorrência de asfixia, crise convulsiva e epilepsia. Ele deixa três filhos, com idades entre 2 e 9 anos.
F. da S. A. foi preso em maio de 2024, acusado de roubo de motocicleta e celular, acusação que ele negou. No entanto, foi reconhecido pela vítima durante a investigação.
A Secretaria de Estado da Justiça do Piauí (Sejus-PI) se pronunciou, afirmando que todas as assistências médicas foram prestadas ao detento, que foi transferido ao HUT, e que a causa da morte foi confirmada no atestado de óbito fornecido pelo hospital.
Fonte: Portal 180 Graus