O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) aguarda o resultado de um exame de microcomparação balística para confirmar se o tiro que matou a criança Debora Vitória, 6 anos, saiu da arma de um policial militar ou do assaltante. A menina foi morta na noite da última sexta-feira, após uma tentativa de assalto no bairro Ilhotas, zona Sul de Teresina.
A primeira versão indicava que o tiro teria partido do suspeito de assalto, que foi preso no dia do crime. A versão de que o disparo saiu da arma do policial militar, vizinho das vítimas, foi apresentada ontem (13) pela mãe da criança, Dayane Gomes.
Segundo o delegado Francisco Baretta, o resultado do exame que vai esclarecer de onde partiu o disparo fatal deve ficar pronto em até 10 dias.
“Há uma versão de que um policial militar apareceu no local com a intenção de tirar os bandido de combate, terminou fazendo disparo, mas não se sabe se foi o tiro fatal que matou a menina Débora é da arma do policial ou da arma do bandido que estava praticando o crime”, justificou o delegado titular do DHPP, Francisco Costa, o Baretta.
O policial militar já foi identificado e deve ser ouvido na sede do DHPP nesta segunda-feira (14). Também está marcado para hoje as oitivas de testemunhas que presenciaram o crime.
“Fizemos o exame de local e depois a entrevista da mãe e demais pessoas. Os procedimentos agora estão andando inclusive com o exame de microcomparação balística para comprovar ou não de onde foi que saiu aquele projeto de arma de fogo”, acrescentou Baretta.
Ainda segundo o delegado, os assaltantes estavam com um simulacro de arma de fogo e uma arma de fabricação caseira com um projétil calibre 38.
“Mas isso aí quem vai dizer sobre a eficiência dessa arma é o Instituto de Criminalística após o exame de balística. Vamos aguardar”, completou Baretta
O caso
A menina Débora Vitória, de 6 anos, morreu na noite da última sexta-feira (14) durante uma tentativa de assalto no bairro Ilhotas, zona Sul de Teresina.
A mãe, Dayane Gomes, e a filha foram surpreendidas pelo suspeito que anunciou o assalto. Segundo testemunhas, uma terceira pessoa, que seria um policial militar, teria visto a ação e reagiu efetuando disparos.
Durante a troca de tiros, a criança foi atingida por um disparo. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A mãe também foi atingida por um disparo na perna.