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Polícia

Os depoimentos do caso da bebê de 4 meses violentada e morta no Piauí

Publicada em 24/12/22 às 09:23h - 171 visualizações

por 180 Graus


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 (Foto: reprodução)

Um dos crimes mais triste do ano de 2022 foi registrado nesta quinta-feira (23/12), uma bebê de apenas 4 meses foi brutalmente estuprada e assassinada em Palmeirais, interior do Piauí. O caso gerou grade revolta na população, que tentou invadir a delegacia da cidade onde o suspeito se encontrava provisoriamente detido, necessitando a escolta do BOPE, CORE e CHOQUE até a capital.  O Portal 180graus conseguiu com exclusividade informações detalhadas do caso. 

Segundo as informações obtidas pelo 180graus, a criança foi levada até uma unidade de saúde do município por um vizinho não identificado. Ao chegar foi verificou-se sinais de maus tratos e marcas de agressões sexuais nas genitálias e também na boca. A bebê veio óbito após apresentar uma parada cardiorrespiratória, tentaram fazer uma reanimação, porém sem sucesso. 

Principal suspeito: 

O principal suspeito é um homem de 50 anos, identificado pelas iniciais Elias de Sousa Silva, ex-companheiro da mãe da criança. Ele foi preso após uma perseguição empreendida pela equipe do 19º Distrito Policial. O atual companheiro da mãe da bebê, identificado pela iniciais José Augusto, também foi detido e encaminhado junto com o Elias para a Central de Flagrantes de Teresina, onde os procedimentos de praxe relacionados ao crime estão sendo realizados.

Elias já responde a processos anteriores, um por estuprar as próprias filhas de outros relacionamentos e outro por assassinato praticado há cerca de seis meses, do qual chegou a ser preso em flagrante pela polícia, mas colocado em liberdade pela Justiça.

Mãe da vítima:

Em depoimento, a mãe da vítima, que é usuária de drogas, afirmou que por volta das 18h da última quarta-feira (21/12), se dirigiu a um comércio próximo de sua residência, deixando em casa a criança com seus outros sete filhos menores de idade. A mesma informa que ao retornar para casa encontrou a bebê de apenas quatro meses agitada, com uma espécie de secreção escorrendo das partes íntimas e ao conversar com uma das filhas está afirmou que o suspeito que foi preso esteve na residência e entrado no quarto onde a vítima estava dormindo.

A mãe declarou que o suspeito em questão é pai de um de seus filhos e que ele tem o costume de andar em sua casa quando ela não está. 

Ela relatou que, por estar grávida, pediu para que uma das filhas levasse a recém-nascida para o Hospital de Palmeirais, onde está permaneceu até a manhã desta quinta-feira (22/12) quando veio a óbito por volta de 7h30 da manhã. Após ser informada do óbito da filha, se deslocou ao hospital, onde foi informada pela médica que a criança havia morrido vítima de violência sexual.

Em seu depoimento, a mãe da vítima afirma ter certeza que Elias violentou sua filha.

Conselheira Tutelar da cidade de Palmeirais:

A Conselheira tutelar afirmou, em depoimento, que por volta das 07h30 da manhã desta quinta-feira (22/12), recebeu uma ligação do Policial Civil José Francisco, conhecido como 'Peruano', informando haver uma criança recém-nascida morta no Hospital de Palmeirais vítima de violência sexual e de imediato a mesma deslocou-se para o local onde entrou em contato com a médica, onde foi informada que a criança apresentava sinais de maus tratos, violência sexual e uma Doença Sexualmente Transmissível. 

Ela relatou já conhecer a mãe da vítima, pois a mesma já esteve diversas vezes na sede do Conselho Tutelar.

Policial Civil José Francisco de Lima e do Policial Militar Fabio Santos da Silva:

Em depoimento, o Policial Civil declarou que após tomar conhecimento do fato, por meio da médica, se encaminhou ao hospital, comunicou-se com a conselheira tutelar, em seguida procurou a mãe da vítima, a qual informou a ele que o suspeito número um havia violentado a vítima. Diante das informações 'Peruano' deu início as diligências no sentido de localizar o suspeito, o encontrou por volta das 9h30 e ao tentar conversar o mesmo empreendeu fuga, mas foi capturado. O policial afirma que em momento algum da abordagem o suspeito confessou ter abusado sexualmente da recém-nascida. 

O policial militar, narrou que foi informado sobre o ocorrida pelo policial José Francisco, por volta das 8h de quinta-feira (22/12) e que após o suspeito empreender fuga, ser capturado, foi lhe dada voz de prisão.

Depoimento da irmã da vítima:

O depoimento de uma das irmãs da vítima, de apenas 12 anos, foi colhido por volta das 16h desta quinta-feira (22/12), em atendimento especializado que contou com a presença da Conselheira Tutelar da cidade de Palmeirais. A adolescente relatou que vive com nove pessoas, entre elas irmão, irmã e genitora. 

A depoente afirmou que na tarde do dia anterior a vítima estava vomitando e defecando, quando foi entregue para outra irmã, mais velha, que levou a mesma ao hospital, pois sua mãe se recusava em levar sem saber o motivo. Ela informou ainda que tinha o costume de dar banho, dar mamadeira e por a vítima para dormir.

Ela informou, ainda, que um terceiro homem, descrito como atual namorado de sua mãe, tem o costume de frequentar a casa e detalhou que o mesmo dorme na casa. Relatou também que outro homem, pai da vítima e vizinho, tinha o costume de pegar a recém-nascida em casa quando sua mãe saia: "Lá em casa, quando a mãe saia pras festas e batia na porta, eu abria e ele pegava a [vítima], cobria ela com pano e levava pra casa dele, às vezes levava mamadeira com leite". 

Ao ser indaga quantas vezes o fato ocorreu, a adolescente informou que "mais de uma", detalhando ter noites que o homem devolvia a criança antes da genitora chegar e que em outras vezes a genitora ia buscar a vítima e ocorriam discussões, pois a mesma não queria que ele tivesse contato com a filha.

Ao ser questionada sobre o suspeito que foi preso, ela narrou que o mesmo não andava na residência e que ele a sua mãe não se falam. 

"Diante do exposto, com base no Sistema de Validação de Declaração (SVA) sinaliza-se para relato com indicativos de credibilidade que levantam hipóteses de negligência e maus tratos. No tocante da violência sexual, pela narrativa da depoente, não é possível considerar indicativos válidos de autoria, tornando a prova testemunhal inconclusiva", afirmou o parecer técnico.

 

 




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