A Justiça prorrogou por mais 30 dias a prisão preventiva de Francisco de Assis Pereira da Costa, suspeito do envenenamento que ocorreu no dia 1º de janeiro e provocou a morte de seis pessoas da mesma família em Parnaíba, no litoral do Piauí. Ao Cidadeverde.com, o delegado Abimael Silva confirmou que o pedido de prorrogação foi feito pela Polícia Civil para concluir as investigações.
O suspeito, que tem 53 anos, foi preso no dia 8 de janeiro de 2024. A suspeita surgiu, de acordo com a polícia à época, pelo fato de que, segundo testemunhas, nenhuma pessoa entrou na casa nos momentos que antecederam o almoço da família – as vítimas ingeriram arroz envenenado com uma substância análoga ao chumbinho, conforme os laudos da perícia comprovaram.
As vítimas foram os enteados do suspeito: Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, e Francisca Maria da Silva, de 32 anos, além dos filhos de Francisca: Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, e Maria Lauane Fontenele, de 3 anos, e Maria Gabriele Fontenele, de 4 anos.
Nesta sexta (31), foi presa a esposa de Francisco de Assis, Maria dos Aflitos, que é mãe e avó das vítimas. A Polícia Civil não deu mais detalhes sobre os indícios que apontariam a participação dela nos crimes. Há uma semana, a morte da ex-nora de Maria dos Aflitos, Maria Jocilene, após fazer uma visita à casa e passar mal, levantou a suspeita de que ela fosse vítima de um novo envenenamento. Os laudos não foram divulgados.
Elo familiar
Maria dos Aflitos é mãe de Francisca Maria da Silva, de 32 anos, e de Manoel Leandro da Silva, de 18 anos. Francisca Maria morreu após seis dias internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), enquanto Manoel Leandro faleceu horas depois de consumir o alimento envenenado.
Os filhos de Francisca Maria – Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, Maria Lauane Fontenele, de 3 anos, e Maria Gabriele Fontenele, de 4 anos – também não resistiram e morreram.
Além desses casos, a polícia investiga um caso de envenenamento anterior, que aconteceu em 2024 e que resultou na morte de dois irmãos: Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos. Eles também eram filhos de Francisca e foram mortos com a mesma substância.
Neste caso, polícia havia concluído que uma vizinha tinha envenenado cajus e dados às crianças. Cinco meses depois um laudo apontou que os cajus não estavam envenenados e a mulher foi posta em liberdade.
Fonte: Cidade Verde