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Saúde

Mídias Sociais verticais impactam saúde mental e provocam distorção de autoimagem, diz especialista

Publicada em 05/02/24 às 14:46h - 47 visualizações

por R10


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Com um público-alvo predominantemente formado por adolescentes, as redes sociais e plataformas de vídeos curtos, como TikTok e Instagram, têm sido apontadas como responsáveis pelo impacto negativo na saúde mental e em distorcer a percepção da própria imagem.

Pesquisas indicam que, mesmo antes da pandemia do Covid-19, a nova geração já apresentava níveis mais baixos de bem-estar emocional e estava mais propensa a enfrentar problemas como depressão e ansiedade em comparação a outros grupos etários. 

Relatório de Visão Geral Global Digital de 2023 revela que o Brasil, com mais de 181 milhões de usuários conectados à internet, está entre os cinco países onde as pessoas passam mais tempo na vida virtual, chegando a uma média de 9 horas e 32 minutos por dia em conexão com aplicativos e ferramentas online.

Essa alta exposição tem sido associada diretamente ao aumento dos casos de doenças mentais, como depressão, ansiedade e estresse. 

Em entrevista cedida ao Portal R10, a Psicóloga Clínica Infantil, Ana Cecília Bugyja Britto, destaca que a infância e a adolescência são períodos em que o cérebro ainda está em desenvolvimento, tornando os jovens mais vulneráveis ​​aos impactos negativos das redes sociais. 

"Em pesquisas atuais sobre desenvolvimento cerebral, as áreas responsáveis pelo controle dos impulsos e pela autorregulação são uma das últimas a amadurecer. Além disso, é importante destacar a questão do tempo dos vídeos. Com duração de apenas 15 segundos, eles também afetam a questão dos estímulos. Há muitos estímulos audiovisuais em um único vídeo. Quando crianças e adolescentes assistem a esses vídeos, há liberação de dopamina, que é um neurotransmissor associado à sensação de satisfação. Assim, quanto mais dopamina o cérebro recebe, mais próximo está de atingir um estado de saturação", afirma.

A profissional ainda ressalta que esses aplicativos muitas vezes promovem a ideia de uma vida simples e acelerada, contribuindo para a dependência e prejudicando diversos aspectos na vida dos indivíduos, como socialização, desempenho acadêmico e relações familiares.

Embora a geração atual seja, de fato, a que mais sente os impactos negativos da vida contemporânea, ela também discute com mais naturalidade o tema e reconhece espontaneamente seus sintomas. Sobre o assunto, a especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), Ariane Viana, compartilha dicas sobre como melhorar ou reverter esses casos. 

"Além do isolamento e da busca por distração através da navegação em conteúdos e vídeos nas redes sociais, os efeitos negativos podem estar relacionados ao aumento da ansiedade, à pressão pela busca incessante da vida perfeita dos influenciadores, ao desânimo, à tristeza, à frustração e aos outros sintomas. Para melhorar esse cenário, é fundamental limitar o tempo de uso das redes sociais para promover uma relação saudável com a tecnologia. É igualmente importante filtrar o tipo de conteúdo consumido, priorizando o que agrega valor sem deficiência ao bem-estar. Outra medida relevante é manter uma higiene do sono adequada, estabelecendo horários fixos para desconectar-se da internet e dormir mais cedo, garantindo um descanso de qualidade. Dedicar-se à leitura, reservar tempo de qualidade para si mesmo e estar em companhia de pessoas que promovam bem-estar são práticas benéficas. Em situações em que a rotina se torna desorganizada ou surgem sintomas emocionais, é imprescindível buscar apoio terapêutico junto a um psicólogo", aconselha.

Estar presente nas redes sociais não é necessariamente prejudicial à saúde mental, mas seu uso excessivo e inadequado pode ter um impacto negativo significativo na vida pessoal e social. O Ministério da Saúde, através da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPs) e do SUS, oferece informações, serviços e atendimento multiprofissional gratuitos a pessoas com transtornos mentais ou em sofrimento psíquico, que podem ser acessados no site www.aps.saude.gov.br.

 




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