Foi concluída nessa terça-feira (15), perícia realizada pelo Laboratório de toxicologia forense do Instituto Médico Legal (IML), onde comprova que os cajus ingeridos por dois irmãos em Parnaíba estavam envenenados.
Segundo o diretor do IML, o médico Antônio Nunes, os cajus continham terbufós, uma substância tóxica, da classe dos organofosforados, utilizado como inseticida e nematicida (pragas de plantas). A substância é semelhante ao "chumbinho", porém mais nocivo.
João Miguel da Silva, de 7 anos, morreu no dia 28 de agosto, e Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, continua internado.
O caso
A suspeita do crime, vizinha das crianças, identificada como Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, está presa. Ela teria entregue um saco de caju para um dos meninos, que ao chegar em casa, comeu a fruta com o irmão.
A mãe das crianças relatou que eles saíram para brincar, e momentos depois, o filho mais novo chegou relatando que não estava se sentindo bem. Ele foi levado para o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) e, logo depois, o filho mais velho começou a apresentar os mesmo sintomas, e também deu entrada na unidade de saúde.
Testemunhas relataram à polícia que a suspeita do crime tem conflitos com a vizinhança e de que, frequentemente, animais aparecem supostamente envenenados e mortos nas proximidades da casa da investigada.
No imóvel da mulher foram encontradas provas. Diante dos fatos presenciados pelos policiais durante o cumprimento do mandado, eles fizeram a prisão em flagrante dela. Um gato com sinais de envenenamento foi também encontrado próximo à casa da investigada.
Fonte: G1