Angústia, aflição, estresse. Alguns desses sintomas são comuns a quem está na expectativa de tirar boas notas, ter um bom desempenho escolar e, por consequência, ser aprovado em um curso superior pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No Colégio CEV, o Serviço de Orientação Educacional tem auxiliado jovens a melhorarem o desempenho.
Um dos exemplos é o Felipe Sodré, de 15 anos. Ele conta que não sabia lidar com a aflição e a angústia e que estava prejudicando o desempenho na sala de aula.
"Muitas vezes eu chegava na escola um pouco mal e não conseguia falar com ninguém. E as tias me davam apoio, perguntavam o que eu tinha, o que tava sentido, e começa a conversar. E esse apoio é muito importante, de psicólogo, de alguém que te ajude a conversar, a desabafar e poder compreender melhor o que se passa na mente", cita.
Já a Maria Letícia Dantas, de 13 anos, conta que sofria com ansiedade principalmente nos períodos de proximidade das provas.
"Um desespero, nervosismo que antecedia todas elas, eu sempre ficava muito nervosa, mesmo tendo o preparo desde casa. Minha mãe sempre dizia 'Olha Maria, uma hora você vai estar no topo, mas pode ser uma hora que você piore um pouco, mas está tudo certo, é assim a vida'. E eu só conseguia me acalmar depois que eu vim pro serviço de psicologia da escola", ressalta.
No Cev Colégio, os psicólogos do Serviço de Orientação Educacional escutam, orientam e, se for necessário, conversam também com os pais para garantir uma mente saudável para os alunos, segundo a coordenadora pedagógica da escola, Lígia Dantas.
"Quando a gente identifica que a criança ou adolescente apresentam alguns comportamentos que fogem do esperado para aquela idade, a gente convida a família, marca reuniões, para colocar o que a gente tem observado dentro da escola e muitas vezes as famílias trazem que o filho já está fazendo acompanhamento, que tomam alguma medicação, então a gente abre esse espaço para que seja feita essa parceria", pontua.
A psicóloga da escola, Daulas Costa, explica que uma estratégia adotada é da criação de grupos de compartilhamento de experiências, onde os alunos percebem que outras pessoas também passam por situações semelhantes, e inclusive, permite o fortalecimento de amizades.
"Eles acabam compartilhando coisas e eles percebem que o fulaninho também passa por isso e ali acontece um elo de diálogo entre eles, inclusive na construção de uma amizade, então o grupo tem esse poder, de unir pessoas, de trazer um ambiente de confiança que pode compartilhar e perceber que não está sozinho", cita.
Fonte: Cidade Verde
Por: Najla Fernandes, TV Cidade Verde