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Saúde

Alimentação adequada pode reduzir efeitos colaterais do tratamento contra o câncer

Publicada em 13/03/25 às 09:26h - 7 visualizações

por TV Gallo


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Um dos desafios enfrentados por quem tenha desenvolvido algum tipo de câncer está relacionado aos seus hábitos alimentares. Por ser uma doença que fragiliza, aqueles que são afetados precisam mudar sua relação com a comida, ingerindo alimentos de forma mais planejada e sempre pensando no fortalecimento do próprio organismo.

O câncer pode atingir o paciente de formas diversas, reduzindo o seu ânimo e a própria vontade de se alimentar, prejudicando a qualidade de vida do paciente e gerando muitas dúvidas sobre qual a melhor maneira de lidar com a situação, como conta a dra. Alana Moura Fé, que é oncologista e especialista em nutrologia oncológica.

"Quando o paciente começa um tratamento oncológico ele precisa comer bem. Mas, normalmente, as pessoas associam comer bem a comer pouco, e geralmente, o primeiro equívoco é esse. São pessoas que acabam se restringindo muito mais do que o que deveriam durante um momento que já é muito delicado", destaca a especialista.

Alana explica ainda que, dentro do consultório, é importante afastar esses mitos sobre a alimentação correta do paciente, reforçando sempre a necessidade de um acompanhamento adequado ao caso e as próprias necessidades e gostos de quem passa por essa situação.

"Não queremos que a alimentação seja um peso maior para o paciente, que já está passando por um momento delicado da vida dele. É preciso então desmistificar essa questão. Normalmente é a primeira coisa que eu faço na consulta, e falar que tudo bem você comer, tudo bem você ter acesso a esse tipo de alimentação durante o tratamento oncológico. Leite, queijo e carne vermelha não são alimentos proibidos em todos os casos", afirmou.

Orientação específica para cada perfil de paciente

Outro ponto destacado pela oncologista é relacionado a como cada paciente pode ser afetado pela doença. Com base em seus hábitos alimentares anteriores ao início do tratamento nutricional, pacientes que possuam um peso adequado ou que tenham sobrepeso ou obesidade necessitam de acompanhamento especial.

"Nesse paciente que está com o peso adequado, a ideia é fazer com que a alimentação seja um potencializador do bem-estar durante os tratamentos. Nós podemos conseguir isso com alguns ajustes na alimentação, diminuindo, por exemplo, os efeitos colaterais que o próprio tratamento traz", esclarece Alana Moura Fé.

"Para esse outro perfil de paciente, que já chega obeso, a gente precisa utilizar algumas estratégias a mais, por exemplo, para perda de peso. A obesidade, além de estar associada com o desenvolvimento do câncer, também está associada a um maior efeito colateral durante o tratamento, já que o excesso de gordura interfere na absorção e segurança dos medicamentos quimioterápicos", alertou.

Outro perfil de paciente que também gera preocupação são os que chegam com peso abaixo do ideal, muitos dos quais já sob os efeitos da doença ou mesmo do tratamento aplicado. "Nesses casos, muitas vezes, entramos também com o suporte nutricional e medicamentoso além da comida em si. Também é possível avaliar quanto à necessidade de uso da sonda nasoenteral ou até mesmo dieta parenteral, que é quando precisamos ofertar de forma artificial essa alimentação para fornecer mais suporte às necessidades do paciente", explicou.

Os idosos são também um perfil de paciente que precisa de orientação diferenciada na alimentação. "O câncer é muito prevalente na população idosa. Eu diria que mais de 50% de todos os meus pacientes atualmente são pacientes idosos, e nessa população idosa nós temos ainda mais elementos específicos que a gente precisa cuidar visto que muitas vezes esses possuem outras comorbidades como hipertensão, diabetes. Além disso, a questão da perda de massa muscular própria da idade é um desafio a mais", destaca a especialista da Oncomédica.

"Durante o tratamento oncológico um dos sintomas mais prevalentes- talvez esteja entre os cinco mais prevalentes- é a falta de apetite; e muitas vezes o meu trabalho é enriquecer a alimentação para que a pequena quantidade por refeição possa oferecer um bom valor nutricional", conclui.

Fonte: Cidade Verde




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