Em entrevista ao 180graus, a delegada Nathália Figueiredo, o mestrado Thiago Mayson, 28 anos, principal suspeito pelo crime deve responder por homicídio duplamente qualificado. O inquérito apurou que a estudante foi violentada após a morte: "com o laudo cadavérico também chegamos ao conhecimento de que ele praticou a violência sexual com ela já morta e aí a gente também incluiu em concurso material o crime de vilipêndio a cadáver", pontuou.
Segundo a delegado, Thiago chegou a gravar as cenas: "o celular dele foi apreendido, através de autorização judicial nós tivemos acesso e o analista conseguiu recuperar imagens registradas pelo autor tanto após a primeira violência sexual empreendida contra ela, ele também fez um vídeo entre a primeira e a segunda violência sexual em que ela ainda estava com vida mas visivelmente desnorteada e o segundo registro com ela já possivelmente já morta, muito ensanguentada na região das partes íntimas, apresentava ejaculação nas pernas e a gente viu ainda um volume maior de sangue. Também tem o registro dele mostrando a própria mão ensanguentada e a gente entendeu que aquilo dali era como se ele tivesse usando aquela imagem como um troféu em relação a violência sexual que ele praticou contra a vítima", relata.
Nathália informa ainda que o mestrando tentou ocultar provas do crime: "Ele fez uso de um preservativo na primeira relação sexual, inclusive tinha manchas de sangue nesse preservativo ele guardou no armário dele e trancou. A perícia quando fez análise de local de crime conseguiu ter acesso, quando ele foi questionado no primeiro momento ele tinha dito que após fazer uso desse preservativo que teria rasgado, teria esse desfeito, jogando do lado, mas quando foi confrontado, de acordo com o que já foi analisado pela perícia, ele até mostrou assim, pois é, falava assim, como se tivesse sido pego", disse.
De acordo com o inquérito ainda não foi apurado a participação de um segundo envolvido: "Bem, o inquérito ele foi concluído no prazo de dez dias porque é o prazo estabelecido em situação de réu preso. Isso não quer dizer que a gente não continue indiligências. Então não se descarta a participação de terceiros, mas isso é uma uma questão investigativa. Toda investigação a gente procura trabalhar as informações pra chegar a uma conclusão", afirma.
E relação a quantidade violências sexuais praticadas - "Com registros a gente constatou duas violências sexuais registradas por ele. Ele também teria dito no interrogatório que praticou dois atos sexuais e nós tivemos elementos pra achar isso através das imagens que ele mesmo registrou. Uma mais cedo por volta de 3h45, o vídeo é por volta das 4h e alguns minutos e já foto com ela sem vida ensanguentada, com volume grande de sangue no colchão por volta das 5h da manhã".
Com relação ao perfil da vítima. "O perfil da vítima, porque assim, a gente traz o perfil da vítima através das oitivas de pessoas próximas, ela era uma pessoa que não tinha praticamente uma experiência sexual. Ela não era mais virgem porque tinha tido uma experiência exterior, mas foi algo bem rápido, ela não era, como posso dizer, sexualmente ativa, segundo foi relatado pela uma amiga próxima. Então, segundo essa própria amiga, seria muito pouco provável a ela acabando, praticamente ela não conhecia o Tiago. Então, não era do perfil da vítima ter esse tipo de intimidade com uma pessoa que ela mal conhecia e isso eu falo de acordo com informações trazidas de pessoas próximas a vítima".