Uma técnica em enfermagem em Teresina foi atingida com estilhaços de vidro na cabeça e na face após um acompanhante desferir um soco na vidraça da enfermaria porque não teria vaga para uma paciente e seria necessário regulação para uma outra unidade de saúde. O caso ocorreu na madrugada desta segunda-feira (10), na maternidade do Promorar, na zona Sul.
"Após saber que seria necessário regulação, ele foi pedir informações de onde realizava um exame. Aí quando paciente foi realizar o exame não encontrou os profissionais. Então, voltou alterado, começou dizer vários palavrões e bateu na vidraça e os estilhaços me atingiram. Estava eu e mais duas profissionais", disse abalada a técnica em enfermagem ao Cidadeverde.com.
Um boletim de ocorrência por lesão corporal dolosa e dano foi registrado no 4º Distrito Policia ainda durante a madrugada.
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Senatepi), Erick Ricceli, disse que o caso não é uma situação isolada.
"Não são fatos isolados e os motivos são os mais absurdos, apesar da intensa atuação do Senatepi contra esses absurdos. A gente vê que ainda acontecem coisas como ocorreu nesta madrugada na maternidade do Promorar, onde um acompanhante insatisfeito com a informação repassada pela médica que a paciente seria regulada, mas teria atendimento em outra unidade de saúde que tinha vaga, desferiu um soco no vidro que só não cegou a técnica em enfermagem porque ela conseguiu proteger os olhos dos estilhaços. Mas ficaram visíveis as escoriações na face e na cabeça", disse Ricceli.
Ele cobra por mais segurança aos profissionais da área e questiona o fato do agressor ter sido liberado pelo policial militar de plantão.
"O mais absurdo é que a Polícia Militar disse que estava tudo resolvido apenas com uma conversa. Esse não é o procedimento correto! ainda bem que a profissional de enfermagem fez o boletim de ocorrência, solicitamos que ela registrasse no livro e vamos acompanhar de perto esse fato. Agressão contra profissionais da enfermagem, nós não vamos permitir sob nenhuma circunstância e ficar impune esses agressores", frisa Ricceli que acrescenta que o Senatepi acompanha juridicamente a profissional de enfermagem e também comunicou o caso à Fundação Municipal de Saúde (FMS).
O Cidadeverde.com entrou em contato com a assessoria da FMS e ainda não obtve retorno.